Nesse dia mães lançamos a campanha “Mãe atleta” para falar abertamente com nossos parceiros e colaboradores sobre os desafios da maternidade na carreira e no esporte.
Para isso, trouxemos algumas de nossas atletas para uma roda de conversa com nossos colaboradores, para que compartilhassem suas experiências quando decidiram embarcar na jornada da maternidade.
Mas antes, confira o vídeo que preparamos com muito carinho para felicitar todas a mães que nutrem o mundo com seus sonhos:
Celebrando o dia das mães com um bate papo com as atletas Dux
O cenário vem mudando, mas o preconceito ainda é enorme. Muitas de nós (atletas ou não) ainda temos receio de declarar o desejo de ser mãe quando estamos no momento de consolidação da carreira profissional.
Ou ainda atrasamos o sonho por anos e anos, com medo do preconceito impedir nosso crescimento.
No esporte muitas atletas perdem boa parte, se não todos, os patrocínios quando decidem dar uma pequena pausa na carreira para ser mãe.
Não devíamos, pois “ser mãe não é uma punição”, como bem destacado por uma de nossas atletas. Não é momento para ser tratado com romantismo e também não é ser “guerreira”. É ser humana, é viver todas e quantas jornadas que a gente quiser viver ao mesmo tempo.
Veja os depoimentos incríveis das experiências vividas pelas nossas mães atletas quando decidiram entrar na jornada da maternidade.
Ágatha Bednarczuk: planejando a maternidade
Ágatha, medalhista olímpica na modalidade do volei de praia, faz parte do nosso X Team, e disse que sempre teve vontade de ser mãe, mas sabia que era punk por ser uma atleta de alto rendimento.
“Na minha modalidade é normal que mulheres quando engravidam, se aposentam. Quando se é atleta mulher, o sonho de ser mãe deve ser guardado em uma caixa sem saber quando vai poder abrir. É muita competição no mundo esportivo, então peguei esse desejo e coloquei em uma caixinha. Procurava nem ficar muito perto de crianças…”, relatou a atleta.
Além de existir muita competição no mundo esportivo, Ágatha pensava em outras questões para ter um “mínimo de estrutura” para ter filho. Como, por exemplo, uma casa, uma baba ou a rede de apoio. Portanto, por anos, não se via com a possibilidade de realizar seu sonho.
Até o momento que conseguiu chegar nas Olimpíadas em 2016, conquistando uma medalha de prata no Rio de Janeiro. Depois disso, já começava a pensar que seria possível ser mãe, mas a sede do alto rendimento a fez querer entrar em outro ciclo olímpico.
Então veio as Olimpíadas de Tóquio, embora não tenha conquistado o pódio, foram 5 anos de boa constância de resultados.
Atualmente com 38 anos, pensou que talvez fosse o momento de ter filho. Pois já possuía a condição de ficar esse ano parada. Mas precisava conversar com seus patrocinadores para vê quais estariam dispostos a entrar nesse sonho junto com ela.
Como já esperava, sentiu na pele o que é ser uma atleta gestante. Foram muitas reações negativas e perdeu alguns dos seus patrocinadores.
Hoje está com 3 meses de gestação e amando a nova fase. Não se arrepende nem um pouco das escolhas que fez. Está realizando um grande sonho, mas outros sonhos vem por aí. E vai continuar a vida de treino normal até onde conseguir, agora e depois que o bebe nascer.
Karina Oliani: mamãe nos primeiros meses após o nascimento
Karina Oliani é a mais nova mamãe da Dux. Médica, montanhista e embaixadora Dux, a princípio não sabia se queria ser mãe.
Muito por conta dos desafios de conciliar o trabalho que ela ama com a maternidade mesmo. Afinal, Karina leva a medicina para lugares onde ninguém quer ir, ou não consegue chegar.
Mas com 39 anos vinham muitas perguntas sobre “quando você vai querer ser mãe?”
Então resolveu fazer congelamento de óvulos. Entretanto, ao fazer seu procedimento de rotina para trocar o diu, teve um pequeno ferimento na mucosa da região, portanto teria que aguardar 1 mês para fazer a reposição do dispositivo.
Depois disso, foi feliz da vida para uma missão na amazônia, que já aguardava ansiosa para participar há uns 4 anos.
Durante a missão, começou a sentir dores e cólicas, e foi diagnosticada com giardíase. Porém, depois de algumas semanas tratando sem sucesso, teve a surpresa de saber que estava grávida.
A notícia veio em um momento que ela não esperava e em circunstâncias bem complicadas. Pois seus colegas diziam que tinha grandes chances do bebe ter alguma má formação.
Passado o susto e os riscos dos primeiros meses, quando teve segurança para dar a notícia para sua família e para o mundo, Karina anunciou a vinda de Kora.
Assim como aconteceu com a Ágatha, a notícia não foi bem recebida por boa parte de seus patrocinadores e também sentiu na pele como o preconceito ainda é enorme: “Você não pode ser punida por ser mãe, se todos nós estamos aqui, alguém nos gerou “, lamentou a nossa embaixadora.
Então resolveu que focaria em parceiros que realmente valiam a pena, que tinham valores parecidos com os dela.
Apesar de não ter sido uma gravidez planejada, Karina está muito feliz: “É uma dádiva, é um soco no estômago de tanto amor, que chega a doer, a gente não consegue imaginar que existe um amor tão grande. Sejam mãe.”
Daniella Cicarelli: mãe de uma menina de 9 anos
Daniella Cicarelli é bem conhecida pela sua carreira de modelo e apresentadora, mas o que poucos sabem é que ela também faz parte do nosso time de atletas. Esportista de maratona e triathlon e mãe de uma menina de 9 anos, Dani conta que mesmo sem rede de apoio “dá para fazer tudo sim”.
Com seu astral contagiante, Dani nos contou que descobriu que estava grávida logo após passar mau depois de correr uma maratona.
Dani não fez sua carreira profissional dentro do esporte, mas sempre o teve como válvula de escape para a sua saúde.
Desde cedo trabalhando, foi modelo, atriz, fez faculdade de administração e trabalhou 15 anos na televisão. Mas “nunca deixei de praticar esporte”,
Não precisamos fazer tudo 100%, mas com certeza seremos 100% a melhor mãe para nossos filhos. “Porque cada mãe sabe o que é o melhor para o seu filho. Somos muitas, não quero deixar a mulher que sempre fui, e ser mãe só potencializa isso”, completa.
A Dux apoia, respeita e incentiva a maternidade na carreira e no esporte
Nutrir os sonhos do mundo é também nutrir o sonho das nossas atletas.
Sabemos que existe um grande abismo entre homens e mulheres, principalmente quando pensamos em maternidade.
Mas para nós, empregar e patrocinar mulheres é tão natural quanto real, nunca foi problema.
Trouxemos a Ágatha para nosso time, pouco antes dela iniciar sua jornada, e saber do seu grande desejo de ser mãe, foi algo decisivo para ter ela somando em nosso time.
Quando Karina nos contou, vibramos de felicidade por ela.
Já a Dani que adentrou no time já com a bagagem de mãe, é uma grande inspiração para nós.
Quem está dentro é tão importante quanto quem está fora
Além disso, não fazemos distinção na forma como nos posicionamos com parceiros e colaboradores.
Aqui na DUX, mais de 50% do nosso time são mulheres, incentivamos a saúde física e mental, portanto queremos que todos conciliem bem o trabalho com a vida pessoal.
Como empresa cidadã, oferecemos o benefício da licença maternidade estendida para que nossas colaboradoras possam aproveitar ao máximo e seguir a jornada de gerir, cuidar e nutrir outra vida.
Nutrir os sonhos do mundo faz parte do nosso propósito, temos a obrigação de garantir que as mães atletas e da Dux, se empoderem e que elas permaneçam com energia e saúde.
Precisamos falar mais sobre os tabus envolvidos no tema. Portanto, venha compartilhar com a gente as suas experiências também.
Convidamos a todos para olhar para essa causa com mais carinho e cuidar das mulheres que estão à nossa volta, seja ela quem for. Não só nos dias das mães, como fruto de agradecimento, mas o ano todo.
Feliz dia das mães,
Time Dux.