Qual o papel da proteína na composição corporal em atletas?

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A proteína é amplamente considerada um nutriente chave para alterar a composição corporal em atletas. A justificativa está em suas funções físicas e metabólicas, primordiais no músculo esquelético, bem como em outros tecidos, em resposta ao exercício físico. 

Para os atletas, a avaliação de composição corporal, indica como pode estar seu desempenho esportivo e seu estado de saúde, reforçando a importância de considerar a adequação de nutrientes, como as proteínas para o âmbito de performance.  Muitos estudos publicados descrevem a relevância da proteína no peso corporal e em áreas transversais em comparação com tratamentos com placebo, que resultam no aumento de desempenho em diversas categorias esportivas

Qual recomendação de proteínas por peso?

De acordo com a Dietary Reference Intake (DRIs), a recomendação de proteínas em g/kg de peso corporal é diferente entre manutenção de peso, que atende às necessidades mínimas e perda de peso. Considerada valores um pouco maiores. Quanto às quantidades para ganho de massa muscular, estas podem atingir limiares iguais à perda de peso 6. O ponto central está na contribuição calórica total de cada atleta e esporte escolhido.

O International Society of Sports Nutrition estabelece valores próximos aos da DRIs, recomendando que a ingestão diária de proteína para atletas, para construir ou manter massa muscular, estaria na faixa de 1,4-2,0 g de proteína/kg de peso corporal/dia. Teores maiores podem ser considerados (2,3-3,1 g/kg/d) para maximizar a retenção de massa corporal magra em atletas submetidos a treinos de resistência e com dietas hipocalóricas. 

Resultados mais consistentes na composição corporal podem ser bem mais expressivos, quando a proteína é consumida de forma fracionada, por refeição, ou por porção, em vez de uma única dose diariamente8. Aliás, esta abordagem decorre da evidência de que vários fatores, incluindo a dose por refeição/porção, tipo de proteína (isto é, fonte); tempo (em relação ao treinamento, sono), bem como a ingestão de outros nutrientes, modulam a resposta à síntese proteica muscular9. As recomendações gerais são 0,25 g de proteína de alta qualidade por kg de peso corporal ou uma dose absoluta de 20–40 g7.

Como as proteínas contribuem para ganho de massa magra?

Andersen et al. analisaram a contribuição proteica para o ganho de massa magra com 22 homens saudáveis que completaram um programa de treinamento de resistência de 14 semanas (3 dias/semana consistindo de 3-4 séries de exercícios para a parte inferior do corpo) enquanto suplementavam com 25 g de proteína de alta qualidade ou 25 g de carboidrato.

Quando a proteína do soro de leite foi fornecida, os pesquisadores observaram aumento significativo na massa livre de gordura, na área de seção transversal do músculo de fibras musculares do Tipo I e do Tipo II, em comparação com as mudanças observadas com o consumo de carboidratos, o que levou a concluir uma melhora na composição corporal dos indivíduos 10

Visto o entendimento sobre a importância desse nutriente para a composição corporal de atletas, a sua adequação nutricional pode contribuir para rendimento físico e esportivo do indivíduo10.  

Referências Bibliográficas
  1. Hector, A.J., & Phillips, S.M. (2018). Protein recommendations for weight loss in elite athletes: A focus on body composition and performance. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, 28(2), 170–177. 
  2. Murphy, C.H., Hector, A.J., & Phillips, S.M. (2015). Considerations for protein intake in managing weight loss in athletes. European Journal of Sport Science, 15(1), 21–28.
  3. Lowery, L.M., & Devia, L. (2009). Dietary protein safety and resistance exercise: What do we really know? Journal of the Internation Society of Sports Nutrition, 6, 3.
  4. Martin, W.F., Armstrong, L.E., & Rodriguez, N.R. (2005). Dietary protein intake and renal function. Nutrition&Metabolism, 2, 25.
  5. Metges, C.C., & Barth, C.A. (2000). Metabolic consequences of a high dietary-protein intake in adulthood: Assessment of the available evidence. The Journal of Nutrition, 130(4), 886–889.
  6. Witard, Garthe, and Phillips. Dietary Protein for Training Adaptation and Body Composition Manipulation in Track and Field Athletes International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, 2019, 29, 165-174.
  7. Jäger R, Kerksick C M, Campbell B L, Cribb P J, Wells J D, Skwiat T M et al. International Society of Sports Nutrition Position Stand: protein and exercise. Journal of the International Society of Sports Nutrition (2017) 14:20 
  8. Hulmi JJ, Kovanen V, Selanne H, Kraemer WJ, Hakkinen K, Mero AA. Acute and long-term effects of resistance exercise with or without protein ingestion on muscle hypertrophy and gene expression. Amino Acids. 2009; 37:297–308.
  9. Kukuljan S, Nowson CA, Sanders K, Daly RM. Effects of resistance exercise and fortified milk on skeletal muscle mass, muscle size, and functional performance in middle-aged and older men: an 18-mo randomized controlled trial. J Appl Physiol (Bethesda, Md : 1985). 2009;107:1864–73.
  10. Andersen LL, Tufekovic G, Zebis MK, Crameri RM, Verlaan G, Kjaer M, et al. The effect of resistance training combined with timed ingestion of protein on muscle fiber size and muscle strength. Metab Clin Exp. 2005;54:151–6.

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