Como o treinamento de força contribui na hipertrofia muscular

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O treinamento de força resulta em diferentes benefícios, bem como a melhora do rendimento nos esportes, no condicionamento físico, para a estética, e obviamente, para a promoção da saúde.

Assim, além das consequências notórias à qualidade de vida, os praticantes de protocolos de treinamento de força, conseguem aumentar a força muscular, potência e resistência anaeróbia.

Mecanicamente o músculo esquelético, após a prática de exercícios, sofre então um dano reparável que compromete a integridade da estrutura da fibra muscular.  Afinal, esse dano representa um potente estímulo para a ocorrência de síntese proteica muscular (SPM), conjuntamente para a hipertrofia na fibra muscular. 

A hipertrofia depende da taxa de SPM. Portanto, ao exceder a taxa de degradação proteica muscular (DPM), causa um saldo positivo no balanço proteico (BP). Somente quando os aminoácidos essenciais são ingeridos após uma sessão de treinamento de força, há um impacto na SPM. Ou seja, fato que resulta em um estado prolongado de BP positivo.

No entanto, séries repetitivas desses treinamentos, em combinação com a ingestão de aminoácidos, aumentam o BP e promovem o acúmulo de proteína muscular ao longo do tempo. 

Como os aminoácidos essenciais contribuem para a hipertrofia muscular?

A princípio, estudos descrevem a importância da suplementação de aminoácidos essenciais (AAEs), que não são absorvidos pelo organismo, para a promoção da petrificação da mTOR (mammalian target of rapamycin – uma proteína sinalizadora chave, encontrada nos miócitos, com ligação à síntese de proteínas musculares), e de sua proteína na tradução de mRNA (p70s6 cinase e eIF4BP), para o aumento de hipertrofia muscular

De acordo com a Sociedade Internacional de Nutrição do Esporte, recomenda-se  a ingestão desse pool de aminoácidos, por alcançarem uma taxa ótima de síntese proteica

Da mesma forma, as doses recomendadas devem se esforçar para conter 700-3000 mg de leucina e/ou uma quantidade relativa de leucina mais alta. Além de um conjunto balanceado de aminoácidos essenciais (AAEs).

Contudo os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) parecem exibir enfim habilidades individuais e coletivas para estimular a tradução de proteínas.

No entanto, essas habilidades ainda precisam ser exploradas de forma completa. Ou seja, alguns autores já demonstram que, há uma eficácia de doses maiores de leucina quando se aumenta a síntese de proteínas.

Porém é considerado que o consumo equilibrado de AAEs promova maiores resultados na SPM.

E os estudos com aminoácidos essenciais, o que mostram?

A princípio, um estudo publicado em 2016 por Moberg M et al. comparou o papel estimulador da ingestão de leucina, BCAA e AAEs na sinalização anabólica após o exercício.

Assim, oito voluntários treinados completaram quatro sessões de exercícios resistidos, durante os quais ingeriram placebo, leucina, BCAA ou AAEs (incluindo o BCAA) em ordem aleatória.

Dessa forma, as biópsias musculares foram realizadas em repouso. De forma imediata após o exercício, e depois de 90 e 180 minutos de recuperação. Ou seja, após 90 minutos de recuperação, a atividade da S6 quinase 1 (S6K1) foi maior comparada ao repouso nos quatro ensaios.

Eventualmente a ingestão de AAE parece estimular a tradução e iniciação de forma mais eficaz que outros suplementos de aminoácidos isolados.

Como resultado, entendemos a importância da sinergia entre exercícios de força e a ingestão de AAEs, como coadjuvantes para a contemplação da hipertrofia muscular, sempre levando em consideração as orientações para cada indivíduo.

Referências Bibliográficas

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